Ouça a Narração
Bem vindo à Forja. Vamos falar do Brasil pós Bolsonaro.
Já foi contado como tudo começou e fica a sugestão que cliquem neste link para ler um dos artigos mais acessados deste site, se tiverem curiosidade.
Por volta de 2008, quando o julgamento do Mensalão estava em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e a maioria da população tomava conhecimento do tamanho do escândalo de corrupção, já havia a primeira rede social, o ORKUT, e dentro dela centenas de comunidades com milhões de participantes cada uma, todos discutindo e debatendo política diariamente e a esmagadora maioria deles era conservadora.
Portanto, a direita conservadora já existia e estava bastante ativa na internet, bem antes de Jair Messias Bolsonaro se apresentar como candidato de oposição ao regime petista. O que aconteceu foi que Bolsonaro foi o único político que teve a perspicácia de perceber o crescimento deste movimento conservador e se juntou a eles, dando-lhes uma voz e capitalizando seu voto de confiança, sem que nunca lhes tenha dado motivo para que se arrependessem.
Já naquela época a direita conservadora incomodava ao Partido dos Trabalhadores (PT), ao ponto deles formarem a primeira milícia digital para combatê-la, chamada "Militância em Ambientes Virtuais" (MAV), que tinha a incumbência de atacar aos conservadores de maneira agressiva, sempre denunciando em massa seus perfis para que fossem deletados pela plataforma.
Com o tempo e principalmente pela influência nociva dos MAVs que deturpavam o objetivo original da plataforma, Orkut Büyükkökten, o criador do ORKUT, decidiu encerrar a plataforma, entregando a hegemonia sobre as redes sociais para o Facebook, Twitter e outras plataformas, criadas e comandadas por empreendedores assumidamente esquerdistas.
Foi em meio a estes percalços pelos quais passavam os conservadores, com suas vozes abafadas pelo barulho da militância tóxica, que Bolsonaro surgiu nas redes sociais, prometendo devolver-lhes o espaço perdido, sob as palavras de ordem que representavam valores tão caros aos conservadores: "Deus, Pátria e Família".
Bolsonaro não criou o movimento conservador. Na verdade ele se juntou a um movimento já existente, com milhões de pessoas que se reuniam ainda de maneira desordenada, sem uma liderança firme , quando veio buscar apoio para seu projeto de chegar à Presidência da República, no que foi atendido prontamente.
Mesmo com a prisão de Bolsonaro, este movimento conservador vai continuar a existir do mesmo jeito que existia antes, agora mais forte e organizado, para apoiar a quem oferecer as mesmas condições colocadas lá atrás pelo Ex-Presidente. O sarrafo foi elevado substancialmente com Bolsonaro.
Engana-se quem pensa que os conservadores voltaram à estaca zero. Porque, se antes Bolsonaro precisou perceber que eles existiam, agora todos os políticos sabem onde eles estão e do poder que eles emanam. Um poder capaz de eleger um Presidente da República e de renovar todo o Congresso Nacional.
Um poder impossível de ser ignorado agora.





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