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Economia - Estaleiro Mauá, o Começo do Fim

Especuladores financeiros reabriram estaleiros para arrancar o que fosse possível da Petrobrás e da Transpetro.

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Conforme a FORJA já havia previsto (Leia em "O Sequestro de 3.200 Trabalhadores" e "O Brasil e a Construção Naval") começou a derrocada da proposta aventureira de revitalização da construção naval no Brasil. Aproveitando-se de linhas de crédito abertas a perder de vista especuladores travestidos de empresários arrancaram o que foi possível da Petrobrás, do BNDES, da Caixa Econômica, dos Fundos de Pensão dos trabalhadores e agora vão fechar as portas sem entregar as encomendas contratadas, como se nada tivesse acontecido nos últimos dez anos.

O Estaleiro Mauá (que passou a se chamar EISA Petro-UM para fugir dos credores) é uma empresa do Grupo Synergy de German Efromovich.

Na semana em que o Synergy Group perdia uma batalha comercial na Europa pela compra da empresa pública de transportes aéreas portuguesa (TAP), o Estaleiro EISA Petro-Um pagava somente 70% dos salários de seus funcionários. O Grupo havia oferecido 350 milhões de Euros, sendo 250 milhões em dinheiro. Isso fez circular entre os "colaboradores" do EISA Petro-Um a piada de que eles estariam emprestando dinheiro ao Grupo Synergy, consequentemente "colaborando" para uma boa causa. O que ao fim não está muito longe da verdade.

Tendo perdido a licitação o Grupo Synergy ao menos teoricamente passaria a contar com este dinheiro em caixa para outros usos mais urgentes. Mas em vez de realocar os recursos disponíveis para solver as dificuldades financeiras de uma das empresas do grupo, tratou de conseguir outro empréstimo com o aval do governo para pagar os 30% restantes, seguindo a cartilha de negócios de German Efromovich. Por que gastar o meu dinheiro se eu posso gastar o seu?

Acontece que a condição imposta pelo governo para entrar em mais esta ratatúia como avalista de negócios privados, que seria a garantia de manutenção dos postos de trabalho, foi esquecida em menos de duas semanas. O Estaleiro EISA Petro-Um demitiu nos dias 23 e 24 de junho cerca de 1.400 funcionários, deixando implícita a ameaça de demitir o restante se o governo não intervir junto aos bancos públicos e privados no sentido de haver mais liberação de verbas.

1.500 funcionários demitidos. Estaleiro alega "grave crise financeira"

O Grupo Synergy jamais desviará recursos de suas outras empresas ou se desfará de ativos para salvar aos estaleiros. Por uma razão bem simples de ser entendida. Os estaleiros brasileiros reabriram já fadados à falência. Qualquer um que tenha lido o relatório do BNDES emitido no ano de 1997 sobre as razões da falência dos estaleiros naquela época, vendo a história se repetir, sabe disso. Efromovich jamais fez qualquer investimento de peso no sentido de modernizar os estaleiros navais de seu conglomerado. Não que não faltasse boa vontade do governo e das instituições financeiras públicas e privadas no sentido de liberar verbas para o soerguimento da Indústria Naval Brasileira. Cabe agora ao Ministério Público e ao TCU investigar onde foi para a dinheirama injetada no setor tendo o governo como avalista.
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Um comentário:

  1. Em junho de 2016 a Transpetro anunciou oficialmente o cancelamento de todos os contratos assinados com o Estaleiro Mauá.

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