Ouça a Narração
Bem vindo à Forja. Vamos falar da relação das forças políticas no Brasil.
Enquanto o mundo assiste perplexo a reação atabalhoada de Luís Inácio da Silva, vulgo Lula, face a ameaça de sanções contra o Brasil e o Presidente Donald Trump reiteradamente elogia a atuação de Jair Messias Bolsonaro na condução do país durante seu mandato, sobretudo no tocante às relações comerciais com os Estados Unidos, os aspirantes a assumir o papel de protagonistas na política brasileira se veem confrontados pela realidade e entram em parafuso.
A verdade é que nem a injusta inelegibilidade de Bolsonaro, nem a eventual queda na popularidade de Lula, nunca foram razão para esta incipiente terceira via que estão tentando emplacar no Brasil pensar que sua hora havia chegado.
Nem mesmo quando Lula foi preso, ou quando Bolsonaro foi derrotado nas eleições de 2022, estes dois jamais deixaram de ser as principais forças políticas no Brasil, desde 2018.
Os que se achavam capazes de se aproveitar de situações efêmeras para se colocar em evidência no cenário político estão agora sendo atropelados pelos fatos.
Essa incipiente "direita" emergente, representada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), o Partido Novo (NOVO), alguns órfãos deserdados do falecido Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e outros tão irrelevantes quanto, precisam prestar atenção e ouvir onde o galo canta.
A política no Brasil se tornou briga para cachorro grande. Os que querem fazer com Bolsonaro o que ele fez com o PSDB em 2018, ainda precisam comer muito angu, como diziam os mais velhos em tempos idos.
Foi Bolsonaro quem despertou o sentimento patriota na maioria da população brasileira e fez o país ver que os conservadores são maioria, de modo que não há nem nunca houve direita no Brasil sem Bolsonaro.
Se nem o então poderoso PSDB foi capaz de fazer frente ao Bolsonaro, quem pensam ser estes que agora pretendem lhe tomar o protagonismo?
Lula teve o mérito de ter convencido aos realmente poderosos em Brasília que somente ele com sua militância adestrada para os grandes embates poderia enfrentar de igual para igual a dimensão que Bolsonaro alcançou.
E desde quando saiu da cadeia nunca Lula deixou de ser um dos protagonistas do jogo político que tem se desenrolado.
Há claramente um lado a ser escolhido neste momento, e é certamente o lado dos que defendem e buscam a negociação diplomática com os Estados Unidos para evitar que Trump cumpra a ameaça e as tarifas entrem em vigor a partir do dia 1º de agosto.
Mas os representantes de uma terceira via inexistente, em vez de se posicionarem do lado certo criticando o posicionamento errático do atual mandatário brasileiro, preferem culpar Bolsonaro e seus aliados por supostamente terem ressuscitado Lula, colocando-o sob os holofotes da mídia mundial.
Quando se dizem ressentidos por Bolsonaro ter trazido Lula de volta ao jogo, o que todos sabem que é falso, que não foi o Bolsonaro quem trouxe Lula de volta, na verdade mostram o quanto estão desapontados por descobrir que Bolsonaro também nunca deixou de ser peça chave neste tabuleiro e que ninguém nunca ameaçou de fato sua liderança.
E eles não vão superar a disrupção cognitiva, enquanto não forem capazes de admitir o óbvio.
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